Descrito por Rafael Jordana e Enrique Baquero, da Universidade de Navarra (na Espanha), eles são conhecidos pela ciência como: Anurida stereoodorata, Deuteraphorura kruberaensis, Schaefferia profundissima e Plutomurus ortobalaganensis. O último é o artrópode que vive no lugar mais profundo já encontrado, a 1.980 metros abaixo da superfície do solo.
Os animais foram coletados durante os trabalhos de uma expedição à caverna mais profunda do mundo, em 2010. A caverna Krubera-Voronja atingindo hoje a profundidade de 2.191 metros abaixo do nível do solo, está localizado na Abcásia, uma área remota perto do Mar Negro nas montanhas do Cáucaso ocidental, sendo a única caverna no mundo com mais de 2 Km de profundidade.
A descoberta de vida em tais sistemas profundas lança novas luzes sobre a forma como olhamos para a vida na Terra. Na ausência total de luz e recursos alimentares extremamente baixos, os animais de cavernas têm adaptações únicas para a vida subterrânea. Eles não têm pigmentação no corpo, não têm olhos e têm desenvolvido estratégias morfofisiológicas de sobrevivência em tal profundidade, durante milhões de anos.

Rãs-folha gigantes estão entre as 50 espécies de répteis e anfíbios descobertas no parque (Foto: Andre Baertschi )
O parque contém sete espécies de araras, entre elas a vermelha e a verde (Foto: Carlos Sevillano)
Foram encontradas 233 espécies de borboletas ainda não conhecidas pela ciência (Foto: Carlos Sevillano)