quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CREIO NA CIÊNCIA E NO ROMÁRIO

O deputado federal Romário vem calando a boca de muita gente. Conhecido por seu comportamento debochado nos tempos de artilheiro – deboche que, na verdade, apenas transparecia seu espírito contestador, coisa rara de se ver em jogadores de futebol – ele vem sendo um dos políticos menos preguiçosos da Câmara. Depois de bater de frente contra os poderosos da corrompida Confederação Brasileira de Futebol, ele foi além. Agora ele está defendendo o interesse dos pesquisadores e cientistas brasileiros.


Seu objetivo é diminuir a burocracia que permeia e atrapalha a importação de produtos para pesquisa. Segundo o texto do projeto de lei, “a grande maioria dos insumos utilizados na pesquisa é importada”, isso porque o preço médio aqui é três vezes maior que o pago por pesquisadores europeus e americanos. Um levantamento realizado pelo Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ com 165 cientistas apontou que 76% deles já perderam material na alfândega . A estatística que provavelmente inspirou a lei, contudo, foi outra: 99% dos entrevistados já tiveram que desistir da pesquisa ou alterar suas especificações em virtude das dificuldades criadas pela burocracia. Quer dizer, está atrapalhando muito. O texto do projeto sintetiza dessa maneira os prejuízos causados pelao excesso de papelada: “Infelizmente, este é o cenário que provoca uma perda na competitividade do pesquisador nacional e que, consequentemente, propicia a evasão de cérebros”.

Como fazer os produtos – e não os cérebros – pegarem o avião, então? Eis a ideia do eterno camisa 11 da seleção brasileira: o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq –


irá criar um cadastro nacional de cientistas, pesquisadores e entidades sem fins lucrativos. Quem estiver registrado nesse banco de dados terá licenciamento automático e não precisará pagar taxas para a Receita Federal. Se por acaso o pesquisador quiser dar uma de malandro e enganar os fiscais (levar na bagagem liberada algo que não será utilizado nas pesquisas), ele deve ser julgado e punido sem nenhum privilégio.

É uma ideia até certo ponto óbvia. O mínimo que um país faz é não atrapalhar pessoas que dedicam sua vida ao conhecimento - o recebimento de um produto, que demora 24 horas para ser liberado em outros países, por aqui pode levar até 3 meses. Antes de acabar com a burocracia para os cientistas, porém, ela enfrenta a burocracia da própria Câmara dos Deputados: a proposta deverá ser analisada por 5 Comissões diferentes antes de ser aprovada.









quinta-feira, 21 de junho de 2012

RIO + 20

O que é desenvolvimento sustentável?




A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Esta definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.


Sétimo dos sete temas pré-estabelecidos pela ONU para a RIO+20



7 Prevenção de catástrofes naturais O crescimento das cidades torna-as mais vulneráveis a ocorrência de catástrofes climáticas. Quanto maiores são os centros urbanos, mais riscos eles correm de serem alvo de problemas ambientais. Já que não se pode impedi-los, a saída seria desenvolver uma cultura de prevenção e ação. – Quando a sociedade está preparada, o processo de reconstrução é mais rápido. Temos como exemplo o que houve com o Japão, em 2011. Eles são muito preparados – explica o professor Rualdo Menegat.

Sexto dos sete temas pré-estabelecidos pela ONU para a RIO+20




6 Gestão sustentável dos oceanos Entre os problemas mais sérios estão a pesca predatória e destrutiva, a perda de biodiversidade e a extinção de espécies. Desafios que incluem a delimitação marítima, a aplicação de leis, a gestão integrada de oceanos e mares, a vulnerabilidade ambiental e os crimes no mar também estarão em pauta. Segundo Luis Felipe Nascimento, da UFRGS, haverá boa contribuição nos eventos paralelos.

Quinto dos temas pré-estabelecidos pela ONU para a RIO+20




5 Acesso à água e às instalações sanitárias Dois milhões de pessoas, a maioria crianças, morrem anualmente por doenças causadas pelo consumo de água não potável e pela falta de instalações sanitárias. Além disso, 884 milhões de pessoas não têm acesso à água potável de qualidade e mais de 2,6 bilhões não dispõem de infraestrutura básica. O acesso à água potável e limpa e às instalações sanitárias é um direito humano.



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Cientistas descrevem artrópode que vive em grande profundidade

Cientistas descreveram recentemente o animal terrestre mais profundo já encontrado, juntamente com quatro espécies novas para a ciência. Estes animais são colêmbolos (Arthropoda, Insecta, Collembola), pequenos insetos primitivos sem asas, com seis pernas e sem olhos, que vivem na escuridão total.

Descrito por Rafael Jordana e Enrique Baquero, da Universidade de Navarra (na Espanha), eles são conhecidos pela ciência como: Anurida stereoodorata, Deuteraphorura kruberaensis, Schaefferia profundissima e Plutomurus ortobalaganensis. O último é o artrópode que vive no lugar mais profundo já encontrado, a 1.980 metros abaixo da superfície do solo.

Os animais foram coletados durante os trabalhos de uma expedição à caverna mais profunda do mundo, em 2010. A caverna Krubera-Voronja atingindo hoje a profundidade de 2.191 metros abaixo do nível do solo, está localizado na Abcásia, uma área remota perto do Mar Negro nas montanhas do Cáucaso ocidental, sendo a única caverna no mundo com mais de 2 Km de profundidade.

A descoberta de vida em tais sistemas profundas lança novas luzes sobre a forma como olhamos para a vida na Terra. Na ausência total de luz e recursos alimentares extremamente baixos, os animais de cavernas têm adaptações únicas para a vida subterrânea. Eles não têm pigmentação no corpo, não têm olhos e têm desenvolvido estratégias morfofisiológicas de sobrevivência em tal profundidade, durante milhões de anos.



Fonte: G1

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012


Cientistas mantêm vivas larvas de moscas congeladas. Larvas foram alimentadas com substância que protege do frio. Pesquisa é um passo para a conservação.


Comentário

Imagens mostram congelamento gradual das
larvas da mosca da fruta, de -1ºC até -4ºC
(Foto: Divulgação)



Cientistas conseguiram congelar larvas da mosca da fruta, com temperaturas abaixo de zero, e fazer com que elas continuassem vivas e capazes de voltar à temperatura normal. A pesquisa da Academia de Ciências da República Tcheca foi publicada nesta segunda-feira (13) pela revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)”.

É um dos passos iniciais na direção da criogenia – a conservação da vida pelo congelamento, comum na ficção científica. “É um passo bem pequeno, mas bem importante”, disse ao G1 Vladimir Kostal, autor da pesquisa. Ele deixou claro que a aplicação da tecnologia em mamíferos está muito distante.

As larvas foram expostas a uma temperatura de cinco graus negativos, e metade da água em seus corpos virou gelo. Elas sobreviveram porque receberam dos cientistas uma dieta rica em prolina – um aminoácido comum nos seres vivos, que já tinha se mostrado útil contra o frio em uma pesquisa anteriore.

Estudando moscas nativas de regiões árticas, a equipe de Kostal havia descoberto que as larvas dessa espécie têm um grande estoque da substância. O entomologista não sabe explicar ao certo, no entanto, por que a prolina protege os insetos do frio.

A mosca da fruta é nativa da África e não sobreviveria ao inverno europeu na natureza – ela se adaptou ao continente porque se abriga em ambientes feitos pelo homem. Por isso, o sucesso da experiência de congelamento foi visto pelo próprio Kostal como uma “surpresa”.

Nesse estudo, o acúmulo da prolina foi feito só pela alimentação, o que os pesquisadores consideram tecnologicamente simples, já que não envolve intervenções nas células nem engenharia genética, por exemplo.

Também por causa da alimentação, Kostal não trabalhou com moscas adultas nesse estudo. “É difícil fazer a experiência com adultos porque eles se alimentam bem menos. Como as larvas estão em fase de crescimento, absorvem mais as substâncias que damos”, explicou.

Fonte: G1

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Expedição descobre 365 espécies
em parque no sul do Peru
Entre elas estão 30 pássaros, dois morcegos e 233 borboletas e mariposas.
Área é um santuário da vida selvagem, segundo grupo ambiental.

Foram encontradas 365 espécies novas para a ciência no Parque Nacional Bahuaja Sonene, no sul do Peru, informou na quinta-feira (2) a Sociedade de Conservação da Vida Selvagem. Entre as novas espécies estão 30 pássaros, como o gavião-águia preto-e-branco, dois morcegos e 233 borboletas e mariposas.

As espécies foram encontradas por uma equipe de quinze pesquisadores da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem, que trabalha no parque desde 1996, com objetivo de realizar um inventório de espécies do local. Segundo a organização, o parque é um santuário protegido para a vida selvagem.

Além das novas espécies, o levantamento mostrou que a área abriga mais de 600 espécies de pássaros, 180 mamíferos, mais de 50 réptils e anfíbios, 180 peixes e 1.300 borboletas.

"A descoberta de mais espécies neste parque realça a importância dos projetos de conservação em curso na área", afirmou Julien Kunen, diretor da sociedade para América Latina e Caribe. "Este parque é uma das joias da rede de áreas protegidas da América Latina", considerou.

Rãs-folha gigantes estão entre as 50 espécies de répteis e anfíbios descobertas no parque  (Foto: Andre Baertschi )Rãs-folha gigantes estão entre as 50 espécies de répteis e anfíbios descobertas no parque (Foto: Andre Baertschi )
O parque contém sete espécies de araras, entre elas a vermelha e a verde  (Foto: Carlos Sevillano)O parque contém sete espécies de araras, entre elas a vermelha e a verde (Foto: Carlos Sevillano)
Foram encontradas 233 espécies de borboletas ainda não conhecidas pela ciência  (Foto: Carlos Sevillano)Foram encontradas 233 espécies de borboletas ainda não conhecidas pela ciência (Foto: Carlos Sevillano)
Fonte: G1