quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Nomes científicos

Tradução de Noraly Shawen Liou Nomes científicos Link para o original: http://diglib1.amnh.org/articles/sci_names/sci_names.pdf Gordy Slack. America Museum of Natural History. 2002. Cerca de dois milhões de espécies de plantas e animais já foram descritos pela ciência. Isso representa apenas uma pequena porcentagem em relação à estimativa real: de dez a cem milhões de espécies ainda não foram catalogadas. Para eliminar a ambiguidade que surgiu com a atribuição de nomes a plantas e animais, Carl Linnaeus, médico e botânico do séc. XVIII, desenvolveu um rigoroso sistema de nomeação. Esse sistema de classificação atribui a cada tipo de organismo um reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie. A unidade de classificação é a espécie, e cada tipo de organismo deve ser universalmente conhecido por um nome composto de duas partes (binomial), gênero e espécie. Esse binômio é geralmente derivado do grego ou latim, a escrita científica mundialmente usada na época. Os binômios são tradicionalmente escritos em itálico para mostrar que são nomes científicos e não nomes comuns. O nome do gênero é sempre com a letra inicial maiúscula, e o nome da espécie, em minúscula. A tabela demonstra como funciona a hierarquia de classificação: Tradução de Noraly Shawen Liou Reino Animalia Filo Chordata (Vertebrados) Classe Mammalia (mamíferos) Ordem Artiodactyla (Ungulados) Família Giraffidae Gênero Okapia Espécie johnstoni Os Okapia possuem vários nomes populares em muitas línguas diferentes, mas quando um cientista escreve Okapia johnstoni, todos os biólogos ao redor do mundo sabem, precisamente, a que tipo de animal ele está se referindo. Nos últimos dois séculos, o sistema de Linnaeus tem sido revisto em alguns pontos. Por exemplo, o sistema originalmente utilizava o número e o tipo de partes reprodutivas das plantas para dividi-las em diferentes categorias, ou taxons. Essa abordagem resultou em alguns agrupamentos antinaturais e foi substituída por outra, elaborada pelo naturalista inglês John Ray, e que se tornou popular. O sistema de Ray analisa as características morfológicas de todas as partes de um organismo e em todas as fases de seu desenvolvimento, para assim concluir a qual grupo ele pertenceria. Apesar disso, o sistema de classificação hierárquico de Linnaeus e sua nomenclatura binomial permanecem em uso e seu autor, considerado como o fundador da taxonomia moderna. A descoberta da natureza evolutiva da história da vida na Terra trouxe uma nova dimensão à ciência da taxonomia. Os cientistas modernos não querem só agrupar os organismos com base em suas características físicas, ou em susa morfologia, mas que esses Tradução de Noraly Shawen Liou agrupamentos reflitam as relações entre os diferentes organismos ao longo do tempo. A Filogenia é a ciência que estuda as relações evolutivas dos organismos e as expressa por meio de diagramas, chamados cladogramas, que mostram a similaridade genética entre as espécies. Hoje, quando uma nova espécie de mamífero é descoberta, os biólogos examinam sua morfologia, seu tempo de vida, comportamento, habitat e DNA, antes de determinar exatamente em qual posição ela deva ser colocada na Árvore da Vida. As técnicas da genética moderna às vezes surprendem ao mostrar organismos que parecem similares e que, no entanto, são remotamente relacionados. Por exemplo, os Okapia, que durante muito tempo pensava-se ser relacionado ao grupo das zebras, posteriormente, por meio de exame morfológico detalhado, descobriu-se ser parente próximo de outro grupo, o das girafas. No Museu Americano de História Natural e em outros museus e universidades do mundo, o projeto de Linnaeus de classificação e nomeação da diversidade da Terra continua em andamento. Conhecendo apenas uma porcentagem da biodiversidade, os biólogos tentam entender a vida, da mesma forma que os químicos tentam conhecer a química com apenas um quinto dos elementos da tabela periódica. © 2002 Museu Americano de História Natural Artigo relacionado: http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/animal_names/scientific _name.html. Acesso em nov. 2010.

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